ARTIGOS ORIGINAIS
ANÁLISE HISTOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DE FATORES PROGNÓSTICOS EM PACIENTES COM RETOCOLITE ULCERATIVA
Histological and Histochemical Analysis of Prognostic Factors in Patients with Ulcerative Colitis
George Luiz de Souza AraÚjo1; Adriana Maria da Silva Telles2; Francisco Eduardo de Albuquerque Lima3; Nicodemos Teles de Pontes Filho4; Marcos CÉsar Feitosa de Paula Machado5
1 Mestre em Patologia; 2 Doutora em Nutrição; 3 Doutor em Cirurgia; 4 Doutor em Nutrição; 5 Mestre em Patologia. Todos da Universidade Federal de Pernambuco.
Resumo: Objetivo: Visando oferecer um método que auxilie o diagnóstico diferencial ou mesmo que seja indicador da transformação neoplásica, a galectina-3 surge como um potencial marcador da fisiopatologia de diversos tipos de câncer, entre eles o câncer colorretal. Métodos: o perfil imuno-histoquímico foi obtido do tecido intestinal de pacientes com retocolite ulcerativa (n=20) e sua respectiva contraparte normal, de ambos os sexos e idade média de 55 anos. Os tecidos foram submetidos à histoquímica da reação de Schiff (PAS) para visualizações das inclusões de glicosaminoglicanos e tricrômico de Masson para visualização das fibras colágenas. Fragmentos de tecido (4 µm) foram submetidos à técnica de imuno-histoquímica para a proteína galectina-3. A marcação tecidual foi analisada através de uma estação de trabalho, contendo um microscópio óptico equipado com uma câmera digital, ambos acoplados a um computador contendo o software OPTIMAS®. Resultados: Os resultados demonstram uma diminuição da expressão da galectina-3 no sitio inflamatório da retocolite ulcerativa. Houve um aumento significativo (p<0.022) no número de células caliciformes dos pacientes tratados clinicamente, porém com redução do conteúdo glandular. Conclusões: Os dados sugerem que a atividade glandular juntamente com a redução da expressão da galectina-3 possam auxiliar o diagnóstico e o monitoramento desses pacientes.
Descritores: Retocolite ulcerativa, galectina-3, análise digital de imagens
INTRODUÇÃO
A retocolite ulcerativa idiopática (RCUII) e
a doença do Crohn (DC) são as formas mais
comuns das doenças inflamatórias intestinais (DII), que se
caracterizam por inflamação crônica do intestino,
de etiologia ainda não definitivamente esclarecida e
em cuja patologia estão envolvidos fatores
genéticos, ambientais e imunológicos (1). As DII ocorrem em
todo o mundo e representam sério problema de saúde,
pois atingem preferencialmente pessoas jovens, cursam
com recidivas frequentes e admitem formas clínicas de
alta gravidade (2). A DII é resultante de ativação
persistente e inadequada do sistema imune mucoso (3),
admitindo-se que possa estar relacionada com um
distúrbio autoimune (4).
Levando-se em consideração os fatores
genéticos, é sabido que a retocolite é um fator
predisponente ao surgimento de câncer de cólon (5). Na RCUI,
são reconhecidos três tipos de lesões pré-malignas:
a displasia plana, as lesões/tumores associados à
displasia e os pólipos adenomatosos esporádicos (6).
Neste sentido Rutter e colaboradores (7)
dão ênfase ao processo inflamatório estabelecido em
longo prazo, como sendo fator determinante da
carcinogênese colorretal envolvida na DII. Contudo, existem
indícios de que a carcinogênese oriunda da inflamação
crônica poderia estar relacionada com um dano causado
pela ativação prolongada das vias de sinalização
responsáveis pela renovação celular continuada (8).
Apesar destes achados, um estudo retrospectivo (9)
demonstrou que a severidade da inflamação é o fator que
ofereceria maior risco para o surgimento de uma
neoplasia, com destaque, para o tempo da doença e para a
extensão da mesma (pancolite).
As diferenças regionais com relação
à frequência, à apresentação clínica e à gravidade
tanto da DC quanto da RCUI, podem provavelmente
ser explicadas por fatores de natureza genética e
ambiental (10). Outro aspecto que deve ser levado em
consideração no estudo das DII é a grande escassez de
estudos sobre a ocorrência da DC e da RCUI nos
países em desenvolvimento (11) o que inclui, sobretudo, o
Brasil. Dessa maneira tornando mais difícil a realização
de inquéritos epidemiológicos sobre estas doenças.
Imunobiologia da RCUI
O epitélio intestinal é composto por uma
camada simples polarizada recoberto por muco, no
qual as bactérias comensais estão mergulhadas.
Existem relatos na literatura de que defeitos na produção
de muco são descritos em pacientes com RCUI (12).
Por sua vez, uma população de enterócitos
altamente especializada serve como interface entre
a camada epitelial e o tecido linfóide subjacente _
as células dentríticas. Estas células são a chave no
controle da imunidade contra patógenos bem como a
tolerância com os microorganismos comensais, além
de expressarem uma série de moléculas receptoras
capazes de fazer a distinção entre comensais e
patógenos, com isso, ativando ou silenciando respostas
mediadas por células T (13).
Atualmente já está bem estabelecido que
a doença inflamatória intestinal resulte de uma
resposta inapropriada de um sistema imune de mucosa
defeituoso incapaz de distinguir a microbiota de outros
antígenos luminais (14) Mas, o modo e o porquê de como
esta indução inapropriada acontece ainda esta sendo
alvo de pesquisas.
Patologia geral da RCUI
Na prática clínica o termo doença
inflamatória intestinal é usualmente reservado para a RCUI,
para DC e para a DII de tipo indeterminado. A RCUI é
uma doença inflamatória crônica que envolve
primariamente o reto e intestino grosso. Ela acomete o reto e
se estende proximalmente de modo contíguo,
podendo variar desde uma proctite a uma pancolite
dependendo do grau de atividade da doença. (15)
Em relação às características histológicas
da RCUI, a avaliação da arquitetura tecidual, bem
como da natureza do infiltrado inflamatório indicam se o
processo visualizado é crônico ou idiopático, que na
RCUI a característica principal é a distorção da
arquitetura tecidual do revestimento mucoso do cólon. A
literatura aponta que os pacientes com RCUI têm um risco
mais alto de desenvolver câncer colorretal do que a
população geral (16). A extensão e a duração da doença
são dois fatores críticos que corroboram esta
associação, apesar de estudos recentes também apontarem que
a gravidade da doença é mais um fator predisponente
ao surgimento da neoplasia intestinal. Para diminuir
este risco, os pacientes são incluídos em programas de
vigilância, com realização colonoscópica com biópsias
seriadas dos segmentos do cólon e reto anuais
naqueles cuja doença é diagnosticada entre 8 e 10 anos.
Mesmo com todas essas informações a
respeito do comportamento dessas doenças, existe
necessidade de novos métodos para aperfeiçoar o
diagnóstico de fatores de risco adicionais para a
progressão neoplásica, permitindo o acompanhamento de
pacientes com alto risco. Atualmente, aconselha-se que
o estudo histopatológico da mucosa retal deve
sempre ser realizado, e se constitui no método diagnóstico
mais importante, embora não-patognomônico para o
esclarecimento da etiologia da colite (17). O
diagnóstico histopatológico de amostras teciduais obtidos
por endoscopia é essencial e crucial para determinação
do tratamento (18).
Galectina-3
As galectinas pertencem a uma família de
proteínas que se ligam a resíduos de galactose
em glicoconjugados (glicoproteínas e/ou glicolipídios) e
representam um grupo especial das chamadas
proteínas ligantes de carboidrato, as lectinas (19). A
estrutura molecular das galectinas geralmente consiste em
cerca de 130 aminoácidos, altamente conservados,
bem como uma região de reconhecimento de
carboidratos (CRD - carbohydrate recognition domain)
e estruturas de â-galactosídeos (20).
Até o presente, 14 membros da família
das galectinas foram identificados, entre eles está
a Galectina-3. Esta se encontra distribuída em uma
ampla variedade de células e tecidos, podendo ser
encontrada no interior da célula ou mesmo secretada no
espaço extracelular (20). E um grande número de
processos biológicos tanto extracelulares
quanto intracelulares envolve galectina-3, refletindo a
participação desta proteína em condições fisiológicas e
patológicas (20).
Em muitos casos, a expressão das
galectinas encontra-se favorecida por fatores de crescimento
ou mesmo oncogenes, e atenuada em razão de
genes supressores tumorais. Com respeito às
propriedades funcionais da galectina-3, esta lectina assume
múltiplos papéis na patogênese, proliferação e
disseminação de metástases (20), por meio da modulação
da adesão das células malignas em sítios distantes
através do endotélio vascular (19). Assim, a
galectina-3 pode ser encontrada em uma ampla variedade de
malignidades (19; 21).
Análise digital de imagens em Patologia
Diferentes métodos de análise têm sido
aplicados com sucesso para traduzir de forma mais
objetiva, e numericamente representativa as
transformações que ocorrem nas células tumorais e teciduais (22),
seja através da análise colorimétrica de células
neoplásicas em cultura, da citometria automática ou das
variações morfométricas nucleares (23).
Os resultados obtidos pela histoquímica de
células tumorais contam com o apoio dos
sistemas computadorizados de análise de imagens, os quais
fornecem dados qualitativos e quantitativos mais
refinados esclarecendo assim, vários
aspectos histomorfológicos das transformações neoplásicas (24).
Nesse sentido a análise digital de imagens
tem sido de grande importância para o diagnóstico,
especialmente nos casos onde a suspeita clínica de
câncer prevalece mesmo após uma biópsia negativa (25).
Assim, nos últimos anos tem-se acentuado
o interesse no diagnóstico diferencial da DC e da
RCUI, DIIs que apresentam aspectos epidemiológicos e
clínicos comuns. Entretanto, diferem de modo
significativo quanto à evolução, à forma de exteriorização clínica
e à resposta ao tratamento, permitindo
caracteriza-las como entidades distintas. Por este motivo a
utilização de ferramentas moleculares como apoio ao
diagnóstico vem ganhando espaço no sentido de
identificar marcadores celulares específicos.
A partir daí, a expressão de galectina-3
tem emergido como um potencial marcador
diagnóstico/prognóstico de algumas neoplasias e condições
inflamatórias diversas. Nesse contexto, o presente
trabalho propôs-se a buscar uma correlação entre a
expressão tecidual da galectina-3 de pacientes com
retocolite ulcerativa, juntamente com marcadores
histoquímicos para obter dados quantitativos e qualitativos que
possam auxiliar no prognóstico das doenças
inflamatórias intestinais.
METODOLOGIA
Seleção de Casos
Os critérios de inclusão dos pacientes
foram: diagnóstico clínico acima de 7 anos baseado em
sintomas, radiologia ou colonoscopia, apresentação
de displasia no momento do exame. Já aqueles
pacientes que foram submetidos a algum processo cirúrgico
do cólon (plástica ou remoção de tumores), portadores
de doença de Crohn ou colite indeterminada foram
excluídos do estudo.
Foram escolhidos blocos de parafina, contendo fragmentos de tecido de intestino anteriormente
diagnosticados com retocolite ulcerativa (n=20) dos
arquivos do setor de patologia do LIKA, órgão
suplementar da Universidade Federal de Pernambuco.
Para controle, foi utilizada a contraparte normal das
bordas das amostras sem alterações de natureza
anatômica ou funcional.
A partir daí os blocos foram divididos em
dois grupos: blocos de pacientes tratados
clinicamente (n=12) e blocos de pacientes tratados
cirurgicamente (n=08).
O protocolo experimental desenvolvido no presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética
de pesquisas envolvendo seres humanos da
Universidade Federal de Pernambuco (CCS/UFPE - protocolo nº
198/08).
Imuno-histoquímica para galectina-3
Foi testada a imunoreatividade da
anti-galectina-3 conjugada a peroxidase (Sigma, USA) utilizando
o protocolo desenvolvido por Hsu e colaboradores
(26). Os tecidos foram desparafinizados em xilol e
hidratados em álcool (70-100%). As lâminas com tecidos
(4µm) foram incubadas com tampão citrato à 100ºC por
30 min sob vapor úmido, e em seguida lavadas (por 5
min) com PBS e incubadas em leite
Molico® (a fim de evitar reações cruzadas), em seguida incubadas
com peróxido de hidrogênio por 5 min e lavadas
normalmente com PBS, sendo incubadas com uma
solução contendo anticorpo monoclonal anti-galectina-3 (na
diluição 1:400) por 30 min, em temperatura ambiente
(25º C), em seguida os tecidos foram incubados
com anticorpo secundário biotinilado (Kit LSAB
DAKO/USA). A revelação do anticorpo foi obtida através
da reação da enzima peroxidase visualizada pela
incubação dos tecidos em uma solução
contendo diaminobenzidina
(DAB+H2O2). Os cortes foram contracorados com hematoxilina e analisados em
microscópio óptico (Olympus BH-2, Japão).
Estudo histoquímico
Os cortes obtidos foram previamente expostos à rotina histológica e submetidos a diferentes
técnicas de coloração: Hematoxilina-Eosina (HE), para
observação das características histológicas gerais;
e Tricrômico de Masson (TM) e Ácido Periódico de
Schiff (PAS) para evidenciar, respectivamente, a
deposição de colágeno e a expressão de
glicosaminoglicanos. Todos os protocolos experimentais foram
desenvolvidos segundo Spicer (27).
Analise Computadorizada de Imagens
Imagens digitais foram capturadas das
lâminas histológicas utilizando um sistema de
vídeo-câmera acoplado a um microscópio óptico (Olympus
BH-2), já utilizado com sucesso em análises diagnósticas.
O sistema interativo de análise de imagens utiliza
o Software OPTIMAS® e Câmera digital CCBBW
410 (Sansung), disponíveis no Departamento de
Patologia da UFPE.
Os perfis de marcação dos depósitos
PAS+ (Glicosaminoglicanos) numa magnificação
de 200x, avaliando-se cinco unidades glandulares
por lâmina, perfazendo um total de 60 campos
analisados.
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente utilizando os testes
t de Student, para um nível de significância (p< 0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As galectinas pertencem a uma família de ligantes de carboidratos extensamente estudadas
que estão implicadas em uma ampla variedade de
processos biológicos. A característica dessa família de
proteínas é possuir um domínio de reconhecimento
de carboidratos responsável pela ligação de
b-galactosídeos (21).
No presente estudo, a reação de
imuno-histoquímica para a galectina-3 revelou que a
proteína foi expressa principalmente nas células epiteliais
do cólon, com diferença marcante entre a região normal
e a região inflamada; com fraca marcação tanto no
grupo tratado cirurgicamente quanto no tratado
clinicamente. (Figura 1).
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Figura 1 - Perfis de marcação da galectina-3 em tecido colônico em indivíduos sem alterações, mucosa normal com padrão
difuso citoplasmático (A). Em B observa-se fraca reatividade em mucosa de paciente com retocolite ulcerativa.(Magnificação, 100x). |
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Figura 2 - Fibrose intersticial encontrada na mucosa intestinal
de paciente portador de retocolite ulcerativa tratado
clinicamente (Tricrômico de Masson, Magnificação 100x). |
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Figura 3 - Área de retocolite ulcerativa evidenciando
intenso infiltrado linfoplasmocitário em paciente tratado
cirurgicamente (Tricrômico de Masson, Magnificação 100x). |
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Figura 4 - Área de erosão da mucosa colônica em paciente
com retocolite ulcerativa tratado clinicamente (Tricrômico de
Masson, Magnificação 100x). |
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Figura 5 - Comparação entre o número de células caliciformes
entre os grupos tratados cirurgicamente (RCUI-Cir) e tratados
clinicamente (RCUI-Cli) na retocolite ulcerativa idiopática. * p< 0,022. |
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Figura 6 - Marcação PAS de tecido colônico. (A) Os pacientes tratados clinicamente possuem uma menor expressão de
glicosaminoglicanos quando comparados com os pacientes tratados cirurgicamente (B). Tricrômico de Masson, Magnificação 100x. |
ABSTRACT: Objectives: Aiming to offer a diagnosis method or a prognostic marker, galectin-3 appears as a potential marker of the physiopathology of diverse diseases and some types of cancer, between them the colorectal cancer. Methods: In our study, the immunohistochemical and histological profiles had been taken from intestinal biopsies of patients with ulcerative colitis (n=20) and its respective normal counterpart, from both males and females and average age of 55 years-old. The biopsies had been submitted to Periodic Acid of Schiff (PAS) for visualization of glycosaminoglycans inclusions, and Masson's tricromic for visualization of collagen fibers. Fragments (4µm) had been submitted to the technique of immunohistochemistry for galectin-3 protein. The profiles of tecidual coloration had been analyzed through a work station contend an optic microscope copulated with a digital camera, both connected a computer contend software OPTIMAS®. Results: Our results demonstrate a reduction of galectin-3 expression in ulcerative colitis inflammatory site from surgically and clinically treated patients. The goblet cells number from the surgically treated patients had suffered a significant reduction (p<0.022), however with increase of its glandular content. Conclusions: The data suggest that the glandular activity together with the reduction of the galectin-3 expression can assist the accompaniment of these patients.
Key words: ulcerative colitis, galectin-3, image digital analises.
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Endereço para correspondência:
George Luiz de Souza Araújo
Prédio da Pós-Graduação do Centro de Ciências da Saúde,
Av. Prof. Moraes Rego, s/n - Cidade Universitária,
50670-901 - Recife - PE
FAX: (81) 2126-8529
E-mail: george.biomed@universiabrasil.net
Recebido em 15/10/2008
Aceito para publicação em 27/11/2008
Trabalho realizado no Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA)/UFPE.